14 novembro, 2011

Resenha: “A menina que roubava livros” de Markus Zusak


Título: A menina que roubava livros (eu sei.. isso é meio óbvio.. mas vai que alguém é desatento que nem eu e não lê o título do post?)
Autor: Markus Zusak (igualmente)
I.S.B.N.: 978-85-98078-17-5
Título Original: The Book Thief
Editora: Intrínseca
Publicação: 2007
Nº de Páginas: 500
Nº de Capítulos: 80

Sinopse: Na contracapa não há sinopse; apenas uma frase:  “ Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.”  Acho que só isso já indica a genialidade  da coisa. 

Há algum tempo já ouvia falar desse livro, e bem, por sinal, mas nunca tinha me dado muito ao trabalho de propriamente lê-lo.  Foi só quando a mãe de uma amiga minha me emprestou o livro por livre e espontânea vontade pois acho que me interessaria que resolvi lhe dar uma chance.

Cara, muuuuito bom.  Mesmo. E direi o porque; mas, primeiro, vamos a história.  

O livro de Markus Zusak relata a história de Liesel Meminger; uma menina de 10 anos que acabou de perder o irmão na viagem de trem na qual seriam levados os dois pela própria mãe para uma nova vida com pais adotivos.  Por quê? Bem, a história se passa durante o início da Segunda Guerra Mundial, uma época conturbada na qual tanto os comunistas (como o caso dos pais verdadeiros de Liesel), quanto judeus, não tinham direito a uma vida muito pacata na Alemanha nazista. 

No entanto, não contava a mãe (preocupada com a segurança de seus filhos), que seu caçula, Werner (faz todo sentido, considerando como esse nome lembra “Os sofrimentos do jovem Werther”!) por algum acaso da vida, tivesse um problema de coração no meio do trem.

Foi assim que Liesel teve seu primeiro encontro com a morte.

No enterro, próximo a uma das estações – esta sim no meio do caminho, próxima a lugar nenhum - o coveiro iniciante, ao enterrar o irmão de Liesel, deixa cair um livro na neve fofa  - O manual do coveiro - , que é habilmente furtado por Liesel; a única conexão que lhe sobrou com o irmão e a mãe.

Na estação da fictícia cidade de Molching (ou então muito difícil de achar no Google...) é recebida por Rosa e Hans Hubberman, o casal que a adotará.  Muda-se, então, para sua nova residência: A Rua Himmel (Himmel=céu – trocadilho divertido) da rua 33.

Lá, diante desse novo cotidiano, passa a conviver com 3 importantes e diferentes figuras da cidadezinha.

1.Rosa Hubberman – Mãe adotiva de Liesel, é grossa e rude, chula e briguenta, chamando-a sempre de “Saumensch” (um palavrão que ofende a mulheres).  Mas, ao mesmo tempo, é uma das minhas personagens favoritas da história.  Isso, pois por trás de toda essa casca dura, Rosa ama Liesel, demais.  E Liesel aprenderá isso. 

2. Hans Hubberman – Também chamado de “Saukerl” (masculino de “Saumensch”) por Rosa, é um pintor pobre e decadente, mas de boníssimo coração. Ele é um pai muuuuuuuito fofo e passa todas as noites ao lado dela enquanto ela sofre com os pesadelos do seu irmão.  Carinhoso e atencioso, ganhará o coração de Liesel desde o primeiro minuto e a fará entender o que é ter um pai.

3. Rudy Steiner – Gente, eu adoro esse garoto!  Ele e Liesel se conhecem jogando futebol na rua e, quando Liesel segura a bola (no gol)de Rudy, este joga uma bola de neve no seu rosto, de pirraça.  Conclusão: viram melhores amigos.  Implicante, irritante, fofo e divertido se encontra com ela (ou sem ela) nas maiores trapalhadas. Frase típica: “Que tal um beijo, Saumensch?”

Há ainda 3 outros personagens muito importantes na história. 

                            Detalhe:  Um deles: a narradora.  Quer uma dica?
“Eu poderia me apresentar apropriadamente,mas,na verdade,isso não é necessário.Você me conhecerá o suficiente e bem depressa,dependendo de uma gama diversificada de variáveis.
Basta dizer que,em algum ponto do tempo,eu me erguerei sobre você,com toda a cordialidade possível.Sua alma estará em meus braços...’”

1. A MORTE -  Sádica, irônica, divertida e engraçada, a Morte narrará a história e os 3 encontros que teve com Liesel Meminger – a menina que roubava livros -  entre 1939 a 1943, dos quais saiu Liesel ilesa.; uma história que conseguiu impressionar até mesmo a própria Morte!  Acrescentando pequenos fatos e detalhes, reflexões e comentários ao longo da história, a Morte é, em todos os sentidos, cômica e genial, mesmo ao tratar de assuntos sérios e pesados como..bem, ela mesma.

Segue assim a vida de Liesel, passando por uma época de felicidade, mesmo com aparentes perturbações. Cria um cotidiano, realizando tarefas como levar a roupa lavada com Rosa e, conhece assim, Ilsa.

2. Ilsa Hermann – A mulher do prefeito, tímida, calada, amargurada, quieta e triste pela morte de seu filho.  Possui uma biblioteca gigante e fará diferença na vida de Liesel, mas não posso dizer muito mais do que isso.

No entanto a paz é passageira.  Em breve chegará outra pessoa para morar na rua 33 da rua Himmel - herança das épocas de soldado da 1ª guerra de Hans Hubberman – e essa pessoa vai abalar legal a vida dos 3.

3. Max Vanderburg  - Judeu.

O Best-seller internacional (olha o prestígio!) conseguiu me fazer rir, chorar e me compadecer dos personagens.  Além disso, me levou a refletir sobre coisas bem sérias que não tendemos a pensar muito no dia-a-dia; questões essas levantadas pela morte.

Ao mesmo tempo de ser envolvente e esperta, a história também passa muito bem a realidade da Alemanha nazista da época e de uma perspectiva, assim como tudo na história em si, original: do ponto de vista de alemães contra o nazismo.

Sobre o autor:
Markus Zusak
Markus Zusak o lindo o autor de “A menina que roubava livros” é um australiano filho de um austríaco com uma alemã, que vivia contando a seu filho histórias sobre a Alemanhã nazista, o bombardeio de Munique e a marcha de judeus.  Não preciso dizer de onde ele tirou a ideia para a história, não é?

Enfim, é um ótimo livro, super bem escrito e bem esperto.  Ah! E eu gostei da história desde o início, mas conheço gente que leu e só se prendeu na história no meio; então, se algum de vocês - leitores desse post por puro tédio de uma segunda-feira (por ser segunda-feira) - resolverem realmente ler o livro e acharem seu início cansativo (mesmo que eu discorde),  insista não desista, ok? Chegue pelo menos ao final. He.

Então é isso, gente. E aqui vai um filme publicitário do livro (Chique, né?)



Bjkssss, Pimpa ;)

2 comentários:

  1. Parabéns pela resenha Pimpa! Já li A Menina que Roubava Livros e curti bastante. Beijos!

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  2. e verdade o livro a menina que roubava livros e reaumente sinistro meus parabèns acho que so nâo meus como de todos que ja leram bj

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