Faz um tempão que eu não posto, né? Sorry =P , neste último ano da escola jurei que seria uma garota muito responsável, e estou me desdobrando em mil para dar conta dos já inúmeros deveres que os professores passam, das atividades físicas, das aulas de violino, do curso de desenho, dos livros/mangás/animes que eu quero ler/assistir, e acaba sobrando pouco tempo pro blog...
Mas nada do que uma semaninha interira de feriado de Carnaval não dê conta :D !
E agora eu venho com uma postagem super especial com uma entrevista da autora brasileira Giulia Moon, que escreveu o romance "Kaori" e inúmeros outros contos vampirescos!
Giulia Moon é escritora, ilustradora, redatora e diretora de criação em propaganda. Tem três coletâneas de contos publicadas: Luar de Vampiros (Scortecci, 2003), Vampiros no Espelho & Outros Seres Obscuros (Landy, 2004) e A Dama-Morcega (Landy, 2006). Já atuou como editora do fanzine FicZine e como coeditora da Scarium Megazine.
Em 2009, Giulia lançou o seu primeiro romance, Kaori: Perfume de Vampira (Giz Editorial, 2009), onde narra as aventuras de Kaori, uma bela e perfumada vampira oriental. Em 2011, lançou o segundo livro da série, Kaori 2: Coração de Vampira.
Para saber mais sobre Giulia Moon, acesse www.giuliamoon.com.br,
phasesdalua.blogspot.com , www.facebook.com/giulia.moon ou twitter.com/#!/giuliamoon
Agora, vamos às perguntas que a Giulia respondeu (que estão em cor de sangue, MWA HA HA HA HAAA!) :
1. Você já foi diretora de arte e ilustradora. Quando você descobriu que queria ser escritora?
Eu sempre gostei de escrever. Desde pequena, eu criava historinhas. Às vezes desenhava, fazia mangás com elas. Noutras vezes escrevia contos. Mas só pensei em levar essa atividade a sério quando comecei a frequentar um grupo de discussão do Yahoo, chamado Tinta Rubra, que reunia um pessoal maluco, escritores amadores que escreviam só histórias de vampiros. Isso foi há muito tempo, no ano 2000. Até então, eu via os meus contos como algo meu, um passatempo excêntrico, ou algo assim. Mas, na Tinta Rubra, pela primeira vez, percebi que um público maior, composto por pessoas que quase não me conheciam gostavam do que eu escrevia. Então me enchi de coragem e resolvi publicar o meu primeiro livro. Reuni dez contos de vampiros num volume chamado “Luar de Vampiros”. Foi uma edição de autor, que financiei com as minhas economias. Mas quando eu segurei o livro nas mãos... Eu me senti “escritora”! E gostei, percebi que podia trabalhar com isso. E que estava disposta a me dedicar ainda mais, a sacrificar minhas horas de folga, a trabalhar duro por aquilo. Acho que tudo começou aí.
2. Como é o processo de escrita? Você escreve só no seu tempo livre ou é escritora em tempo integral?
Já fiz as duas coisas. No momento, eu trabalho alguns dias da semana numa empresa da área literária e, durante os outros dias – inclusive nos finais de semana – eu me dedico aos livros.
3. Desde quando você se interessa pelo tema de vampiros?
Eu sempre gostei do personagem vampiro no cinema, nos livros e nos quadrinhos. Já tinha lido Drácula e tinha me interessado bastante pelo personagem, pois o livro de Bram Stoker é maravilhoso. Mas a paixão, mesmo, só pintou quando li O Vampiro Lestat de Anne Rice. Lestat era totalmente diferente, um vampiro que não sentia o mínimo remorso por ser um sanguessuga. Ao contrário, gostava disso. Pela primeira vez vi os vampiros num contexto onde não eram criaturas horrorosas, monstruosas, condenadas pelas regras da moral e da religião, mas personagens complexos, sutis, sensuais e cheios de defeitos e qualidades humanos. Aí, não teve jeito. Foi uma paixão avassaladora!
4. Como surgiu a idéia para escrever “Kaori”?
Kaori já havia aparecido em alguns contos esporádicos meus, fazendo pontas em histórias de outros personagens. Mas, em 2008, quando fui convidada a participar, junto com mais sete autores, da coletânea Amor Vampiro da Giz Editorial, pensei em Kaori para protagonizar um conto sensual e bem moderno, que se passasse em São Paulo, num cenário de caos urbano, de diversidade de raças e atitudes, para mostrar que o amor de uma vampira poderia ser muito estranho. E aí nasceu o conto “Dragões Tatuados”, que acabou sendo o primeiro encontro entre o vampwatcher Samuel e a vampira japonesa Kaori. O conto fez muito sucesso, e, durante a Bienal do Livro em SP, quando o editor Ednei Procópio, à época na Giz Editorial, me propôs a publicação de um romance, não pensei duas vezes. Resolvi contar a história da vampirinha perfumada Kaori, desde a sua transformação em vampira em 1647, na Era Tokugawa, no Japão, até os dias de hoje. Mas, apesar de estar fascinada por essa história, eu não queria escrever um livro que se passasse totalmente no Japão. Então imaginei uma aventura em São Paulo, com muita emoção e cenas calientes, que reunisse Kaori e Samuel mais uma vez. E decidi contar as duas histórias ao mesmo tempo, alternando as cenas do passado, no Japão feudal, com as cenas do presente, em São Paulo, até se cruzarem no final. Foi assim que nasceu o livro Kaori: Perfume de Vampira, que foi lançada em 2009, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
5. Como você divulgou “Kaori” depois que ele foi publicado?
Divulguei Kaori: Perfume de Vampira no meu blog Phases da Lua, no Orkut e, principalmente, falando diretamente com os leitores em eventos como a Bienal do Livro, em palestras e bate-papos. Na época do lançamento de Kaori, ainda não havia muitos blogs de resenhas, mas depois eles passaram a divulgar também o livro. Mas acredito que a melhor divulgação é o próprio trabalho do autor. Se o livro é bom, o leitor se lembrará dele e o indicará aos amigos, procurará por outras obras do mesmo autor. Da mesma forma, um livro ruim é a pior propaganda para o próprio autor. O leitor pode até comprar o livro, atraído por milhões de motivos diferentes, que englobam desde a capacidade de auto-promoção do escritor até a capa atraente, local de destaque na loja, etc. Mas não voltarão a comprar uma obra desse autor, se o que leram no primeiro livro era ruim.
6. Quantos livros você tem na sua casa? Sofre de culpa de consumidora?
Claro que sim! Sou compradora compulsiva de livros. Mas ultimamente tenho me contido, pois a vida de escritora não permite que você gaste de forma indiscriminada. Mas tenho paredes e paredes cheias de livros em casa. Nem sei quantos... Agora vamos mudar de assunto, pois isso me lembra a lista enorme de livros que estão na fila para serem lidos. E uma lista maior ainda de livros que eu quero comprar! rs
7. Qual foi a coisa mais Random que já aconteceu na sua vida?
Acho eu foi o encontro com o meu “consorte” Roberto Melfra. Lá pelos idos de 2004, eu andava frequentando um grupo de discussão de escritores de Ficção Científica. E tecla aqui, tecla dali, acabei fazendo amizade com alguns deles. Entre eles, tinha um cara chamado Roberto que começara a postar recentemente e era totalmente nerd. Tão nerd que só enviava mensagens enormes e dava aulas nesses e-mails sobre qualquer assunto, seja Física, Matemática, Química, Astronomia, Religião, Filosofia, etc. Eu não tinha muita afinidade com ele, e eu achava que ele também nem percebia a minha existência. Tudo mudou quando eu resolvi comemorar o meu aniversário junto com uma amiga. Meu aniversário é no dia 10 de fevereiro e o dela, no dia 13. E o aniversário dela caía numa sexta-feira 13 naquele ano! Resolvemos aproveitar a data e convidar os amigos para dançar e papear numa casa noturna. E eu convidei todo o pessoal dos grupos da internet. Os amigos vampirescos da Tinta Rubra vieram em peso, era uma turma que curtia sair à noite. Mas não é que o tal nerd do outro grupo apareceu também? E ele era bonitão! Resultado: acabamos namorando, e estamos juntos até hoje. Eu soube mais tarde que ele já tinha visitado o meu blog, tinha entrado no meu site e sabia quase tudo sobre mim. Aí descobri que aquilo tudo foi random só pra mim. Mas para ele, não! rsrsrsrs
Hahaha, oooown, que fofo *-* !
Bom, gente, epsero que tenham gostado das respostas da Giulia Moon assim como eu! Agora vocês já ficam sabendo mais sobre ela e o maravilhoso livro "Kaori - Perfume de Vampira" (resenha aqui).
Muito obrigada, Giulia!
Um bjo para vocês, people!
Carol ;)
Que fofo a história de como a Giulia conheceu o Roberto!!!!
ResponderExcluirOlha só Roberto mostrando que Nerds também amam! Pra que não acredita nisso ta ai a prova que eles gostam de mais coisas que computadores e cálculos binários e tabelas periódicas. s2s2s2s2s2Kaori s2s2s22s2
ResponderExcluirQue legaaal
ResponderExcluirNossa, mas que entrevista mais perfeita!!! É sempre bom conhecer a história e curiosidades da vida de escritores, mas dessa fera.... Foi simplesmente incrível!!! Achei o máximo ela admitindo que é compradora compulsiva de livros e contando como ela se tornou escritora!!! Post muito bom mesmo, estão de parabéns!!!
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