Título Original: Jesus Christ Superstar
Diretor: Norman Jewison
Gênero: Musical, Religioso
Duranção: 108 minutos
Elenco: Ted Neely (A Sombra de Chikara), Carl Anderson (A cor Púrpura), Yvonne Elliman (Maria Madalena) e Barry Dennen (O Iluminado)
Sinopse: "Os sete últimos dias de Jesus (Ted Neely) na Terra (terminando na crucificação, mas sem contar a ressureição) sob a visão atormentada de Judas Iscariotes (Carl Anderson). É uma mistura de passado e presente, pois os soldados romanos usam metralhadora e perseguem um Cristo hippie."
O nosso blog está todo lindo e fofo falando sobre elfos, pinguis, presentes e cara gordos que obviamente não conseguem passar pela chaminé, mas hoje resolvi lembrar a todos porque o NATAL existe! Sem deixar minhas visões religiosas transpareçam aqui, quero falar que mesmo sendo católicos ou não, para mim todos devemos respeito a figura história do líder que foi Jesus. Todo o resto que engloba fé e etc são outros quinhetos que só cabem a cada um decidir e que certamente não são motivos para qualquer tipo de violência!
Bem agora sobre o filme. Antes de falar sobre como ele é polêmico, ou como ele define a geração dos anos 60/70... Tenho algo a dividir com vocês: Eu nunca concordei tanto com a Lady Gaga, mas nesse musical "Ooooooh, I'm love with Judas!!!!". Ele é disparado o melhor ator e o melhor cantor (Cristo também canta muito, mas Judas deixa ele no chinelo), sem falar que tem o personagem mais interessante da trama (De acordo com o filme, pelo menos). Ele está confuso pois não sabe o que pensar sobre Cristo, já que as ações dele parecem-lhe cada dia mais contraditórias e isso resulta no destino que todos nós já sabemos.
Inspirada na ópera-rock criada pela mesma dupla responsável por grandes sucessos da Broadway como "O Fantasma da Ópera" e "Catz", o principal objetivo é trazer a história biblíca para um contexto mais verossímil e contemporâneo (Para época). Com isso temos apóstolos usando calças boca-de-sino, soldados romanos usando metralhadoras, calças camufladas e coturnos, um rei Herodes extremamente afetado (Me entendam...), contrabandistas de haxixe, granadas e tanques de guerra. Sem comentar no Jesus branco e loiro, o Judas negro e a Maria Madalena asiática deu um gostinho da luta pelos direitos iguais que marcaram esse tempo.
Diante o caos e a transformação conturbada dos anos 60 e 70 (o filme é de 1973, dois anos antes do término da guerra do Vietnãm, então as armas e os tanques não estão ali por acaso),o filme não busca por uma resposta, mas procura extravassar a quebra do conservadorismo. É a incerteza que dita as palavras, e a separação do mito do homem (Jesus) reside na intenção de tentar compreender os benefícios que a religião trouxe ao ser humano.
Demorei um tempo para entender a metáfora do ônibus com atores (pelo menos aparentam ser) chega num determinado local e eles dão início ao espetáculo. Isso porque hoje e, principalmente, para nossa geração esse filme não quer dizer muita coisa, ou pelo menos não tanto quanto significava na época que foi lançado. Mas acho que os questionamentos realmente universais e atemporais feitos por esse filme são: “Quem é você Jesus? E o que você fez de importante?”.
O filme é inteiramente musical, ou seja, sem falas, só música. Na verdade, as músicas são até bem chatinhas... Só existem duas realmente incríveis: Superstar e I Don't Know How to Love Him.
Bjuos,
Fê
Ps: Juro que tentei passar a resenha sem dizer isso, mas mesmo que ele tenha uma linda voz, a Maria Madalena deve ser uma das mulheres mais feias que já vi em minha vida. Daquele tipo que você encontra num beco escuro e pensa: "Fudeu!" (Eu sei esse comentário foi vacilo, mas eu tinha de desabafar.)
Fernanda-chan, estou dando uma mão para a Sii com o Onigiri. Se você ainda não atualizou sua conta Onigiri, por favor, nós pedimos que atualize. Obrigada ^^
ResponderExcluirAssisti pouco este filme na Globo (Sessão da Tarde reprisado numerosas vezes!!!O poderoso e então empresario de Eric Clapton, Robert Stigwood; brevemente empresario do primeiro supergrupo de rock: Cream (Eric clapton,Jack Bruce e Ginger Baker), Bee Gees (anos 1970). E pensar que obras como essa ainda chocam, 40 anos depois!!!
ResponderExcluir