14 dezembro, 2011

Perguntas Random para... Pedro Paulo Lopes!





Oi, Gente!
Não tinhamos prometido que teriamos mais entrevistas no blog? Então, essa entrevista é com o escritor carioca Pedro Paulo Lopes! Eu já tive o prazer de ler o livro publicado dele "Páginas de um livro bom" um livro com ótimas crônicas e poemas (Melhores crônicas do que poemas, na minha opinião.). Então, apreoveitem a entrevista!

     Pedro Paulo Lopes nasceu no Rio de Janeiro em 1985. Descobriu o gosto pela leitura ainda criança e já nesta fase decidiu criar suas próprias histórias. A prática fez crescer a intimidade com a palavra escrita, e para que a vida adulta não o afastasse do texto e de sua criatividade, decidiu-se formar publicitário. "Páginas de um Livro Bom" é sua primeira obra literária e reúne crônicas, contos e poemas escritos entre 2003 e 2008. Seu próximo lançamento é o romance "A Garota do Parque", ainda sem previsão.


1)   Quando você descobriu que queria ser escritor?

Sempre gostei de escrever. Não é algo que decidi ser, é algo que decidi fazer, ou seja, dar vazão ao que eu já era, ao que eu já tinha, à capacidade de contar histórias. Comecei a escrever ainda criança e não parei. Mas se você considerar que escritor é quem escreve e lança livros, então descobri que faria isso em 2003, quando comecei meu primeiro romance (em fase de conclusão).

2)   Como é o processo de escrita? Você escreve só no seu tempo livre ou é escritor em tempo integral?

Só escrevo no meu tempo livre. O processo é interessante. No meu caso, às vezes escuto alguma música para “entrar no clima”. Geralmente é uma música associada à história, pois meu romance tem uma trilha sonora e ao escutá-la eu me transfiro para o universo da ficção. Às vezes, para testar uma fala, eu a digo em voz alta, interpretando-a, como um ator, para sentir se ela é possível de acontecer, de sair da boca daquele personagem... Criar diálogos é difícil. E observar o cotidiano também ajuda muito. Eu já me inspirei em situações e falas que vi e ouvi de amigos, e que caíram como uma luva na história.

3)   Os estudos atrapalham no processo de escrita?

Não atrapalham, apenas retardam, o que não é necessariamente ruim (a não ser que você tenha um prazo). Mas a obra e a escrita sempre ganham com isso. Todas as experiências e atividades que se intrometem entre o escritor e o trabalho de escrever podem ser, e são, usadas a favor.

4)   De onde você tira inspiração para escrever seu contos ou poemas?

De músicas, experiências do cotidiano e de uma “sala escura” cujas chaves só Freud e eu possuímos rs.

5)   Como se sente ao terminar de escrever um livro? E a sensação de vê-lo ser publicado?

Muito bem. É uma das melhores sensações que existe, independentemente da repercussão que o livro venha a ter. Porque não devemos escrever para os outros, devemos escrever para nós mesmos, porque acreditamos naquilo. E quanto mais honesto eu for, mais o público irá gostar.

6)   Quais foram as dificuldades na hora de publicar?

Como “Páginas de um livro bom” foi publicado de maneira independente, tive que fazer tudo o que uma editora faria por mim: buscar profissionais para a diagramação, ilustração, revisão; pensar o projeto gráfico, pedir orçamentos às gráficas... Eu e Julia Moraes (a designer do livro) aprendemos muito. São várias as etapas, e elas não terminam depois que o livro é impresso. Agora tenho que cuidar da divulgação e distribuição!

7)   Com qual personagem de série/ livro/filme você se identifica mais? E qual personagem você trancaria no seu armário para ter só pra você?

Gosto dos anti-heróis do Woody Allen, dos jovens protagonistas de Fernando Sabino, do narcísico Dorian Gray... Mas não trancaria nenhum deles no armário, eles são bons demais para ser só meus.

8)   Que tipo de música você gosta?

Descobri que gosto de tudo que é indie-alguma coisa... rs Além de jazz, soul e bossa nova, alguns folks... Coisas novas e antigas. Se eu disser que sou eclético, vou cair no lugar-comum. Todo mundo diz que é eclético para música, mas quero ver carregar no iPod uma playlist que vai de Carpenters a Netinho (do axé), de Burt Bacharach a Claudinho e Buchecha, passando por alguns sambas-enredos. Eu carrego e adoro.

9)   Qual gênero de filme é o seu favorito?

Comédia dramática, aquele que mais se aproxima da vida como ela é.

10)Quais obras ou autores mais te influenciam?

O influenciado geralmente não percebe que é influenciado. Cabe a alguém (ao editor, aos leitores) dizer: “Você tem o estilo de fulano”. Não sei quem me influencia, mas admiro a elegância de Machado de Assis, a inteligência de George Orwell, a paixão e o cinismo de Oscar Wilde, entre outros. Independente do público para o qual você escreve, ande sempre com os mestres debaixo do braço.

11)Quantos livros você tem na sua casa? Você sofre de culpa de consumidor?

No meu quarto, mais de cem. Em casa, talvez uns 200. Não, não sofro.

12)Você sabe cozinhar ou é daqueles que sobrevivem à base de pizza, miojo ou qualquer comida que entregue em casa?

Não sei cozinhar, mas também não me entrego constantemente ao delivery. Prefiro comer fora. De vez em quando, peço uma pizza.

13)  De que maneiras você divulgou o seu livro depois de publicado?

O primeiro estágio é o boca a boca. Chamei os amigos para o lançamento e vendi os primeiros exemplares (é para isso que servem os amigos, ora rs). O segundo momento é criar o site e pensar em soluções de divulgação criativas e, de preferência, baratas. Já tenho uma página no Facebook (Pedro Paulo Lopes). Pretendo ainda criar o trailer do livro. A internet nos permite realizar algumas experiências, este pode ser um bom caminho. Ainda vou levá-lo a algumas editoras, não creio que elas se interessem, pois raramente publicam poesias e contos de autores novos, mas quero gerar algum barulho, espero que o retorno seja positivo. Pelo menos por parte dos amigos tem sido rs.

14)Respondendo aquela pergunta clichê básica: Afinal, os jovens de hoje em dia estão lendo mais ou menos?

Mais. O que eles estão lendo é menos importante, o legal é que estão lendo mais.

15)Qual foi a coisa mais Random que aconteceu na sua vida?

Talvez não tenha sido a MAIS Random, mas por duas vezes já me vieram cumprimentar pela camisa que eu estava usando. A primeira vez, em um restaurante, eu vestia uma blusa da seleção inglesa e uma senhora gringa passou por mim e disse “muito bonita” ou algo parecido. Mas o melhor foram os momentos Random que eu já proporcionei aos outros: cansei de confundir as pessoas pelas costas. Uma vez, pensando se tratar da minha tia, dei um beliscão na cintura de uma mulher, que se assustou, não mais do que eu ao perceber que era uma desconhecida. Outra vez foi com um garoto, que eu julguei ser colega de turma. Parei do seu lado e perguntei “Como foi de prova?”, acho que ele respondeu “Bem”, então notei que nunca o vira na vida, respondi “Legal” e saí de fininho.  


Quem quiser saber mais sobre a obra dele acesse:
http://www.paginasdeumlivrobom.com/

Bjuos,
Aguardem mais entrevistas em breve,
Fernanda

5 comentários:

  1. Legal, Fernanda! Aos interessados, o livro está à venda pelo site http://paginasdeumlivrobom.com. Basta entrar em contato comigo através do campo de comentário. O site está em fase de conclusão. Sucesso ao 7Random!

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  2. Também já tive a oportunidade de ler essas páginas maravilhosas e posso dizer que vale a pena. Acho que todo mundo acaba se identificandocom alguma história ou poema. Boas lembranças da época da adolescência! Como fã número um do Pepê desejo a todos umaótima leitura!

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  3. Esse livro é uma delícia de ser lido, as histórias são otimas e nós viajamos sem sair do lugar folheando suas páginas!!!!
    Eu recomendo esse livro a todos que gostam de uma boa leitura!!!
    Pedro Paulo, você é muiiito bom.

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  4. Pê, meu filho, sendo sua mãe, sou suspeita para elogiá-lo. Algumas estórias desse livro, nós, sua família, tivemos o prazer de vivenciá-las, portanto atestamos que são mesmo experiências da sua adolescência e juventude. Seu português literário está um primor, tenho certeza que o próximo já iremos adquiri-lo numa livraria da cidade e os próximos quiçá nas livrarias dos países deste mundo. Parabéns e sucesso para sempre!

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