Resenha: "Meia-Noite em Paris" (2011)

Diretor: Woody Allen
Roterista: Woody Allen
Elenco: Owen Wilson (Marley & Eu), Rachel McAdams (Te Amarei Para Sempre), Carla Bruni (Primeira Dama Francesa), Michael Sheen (Tron - o Legado), Kathy Bates (Um sonho possível), Marion Cotillard (Nine) e Adrien Brody (Cadillac Records)
Sinopse: "Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido."

Tenho que admitir que nunca fui muito com a cara dos filmes do Woody Allen. Sempre achei que, pelo menos os que eu vi eram pretenciosos e arrogantes. Por isso eu criei uma implicância um pouco infantil com ele... E, outra coisa, também não sou muito de Realismo Fantástico, gosto ou de coisas extremamente fumadas, ou de histórias concretas. Por isso, dá pra imaginar como estavam minhas expectativas para esse film, né?
Como sempre todos os filmes do Woody Allen são levemente autobiográfico, seja pelo protagonista que é inspirado nele mesmo, ou alguma de suas musas que dão vida a suas mocinhas... Isso normalmente me incomoda, mas de algum jeito, acho que especificamente nesse filme isso se encaixou bem na história.
No elenco quem mais me surpreendeu foi o Owen Wilson, eu sempre via ele fazendo comédias meia-boca ou "Marley & Eu" e ele manda muito bem no papel dele. Eu não sei se gostei ou não da Rachel McAdams, porque a personagem dela era tão mala, mas por eu achar isso, presumo que ela fez um bom trabalho!
O amigo da Inéz, de quem agora esqueci o nome, o "Pseudo-intelectual" nas palavras de Gil. Era o pior de todos! Sabe aquelas pessoas que te fazem querer ter uma bazuca carregada bem a postos? Então... Tem uma parte que ele discuti com a personagem da Carla Bruni e a NAMORADA dele fala: "Você tá discutindo com a GUIA do museu? É sério?"
O filme é principalmente uma carta de amor de Allen a Paris que se mantém gloriosa em qualquer época, mas também trata de como sempre estamos insatisfeitos com nossa situação, mas que no fim só resta a nós mudá-a ou não. E isso é deixado bem explicito nas primeiras falas do filme : "Você está apaixonado por uma fantasia"
Mas esse filme foi muito bom, um roteiro muito inteligente, acho que depois dele minha implicância com o Woody Allen diminui um pouquinho, mas só um pouquinho.

Eu admito, a melhor parte é quando ele vai conhecendo os grandes artistas daquele tempo. Pelo menos pra mim foi! Eu fiquei tipo:
- Zelda e Scott Fitzgerald (Espera, quem?)

- Aí apareceu a Gertude Stein

- E quando ele sentou numa mesa com o Salvador Dalí e o BUÑUEL!!!! (Seu filho da Puta SORTUDO!!!!!!!!)




Bjuos,
Fernada
PS: Eu também acho Paris mais bonita na chuva!!!! Na verdade, acho qualquer lugar mais bonito na chuva!!!! :D (Acho que essa pode ter sido uma das razões principais pela qual esse filme me ganhou. Hehe....)